quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Doing it My Way





























































































Olá todos,

Hoje vou escrever sobre a viagem que eu fiz de Cusco a Cochabamba entre os dia 16 e 28 de Agosto. Abaixo segue um breve resumo das cidades e lugares visitados:

16 de Agosto – Cusco

17 de Agosto – Aguas Calientes

18 de Agosto – Machu Picchu

19 de Agosto – Cusco

20 de Agosto – Vale Sagrado (Urubamba)

21 de Agosto – Puno

22 de Agosto – Puno

23 de Agosto – Copacabana

24 de Agosto – Isla Del Sol

25 de Agosto – La Paz

26 de Agosto – Cochabamba

27 de Agosto – Cochabamba

28 de Agosto – La Paz

Em resumo, foi uma viagem de aventura, um pouco planejada, um pouco improvisada. Eu não sabia aonde estaria no dia seguinte e não sabia se iria chegar ao objetivo final da viagem: Cochabamba, na Bolívia.

Acabei conseguindo chegar, no caminho conheci Machu Picchu, Cusco, o Vale Sagrado, as impressionantes ilhas do lago Titicaca, cruzei de barco a fronteira com a Bolívia, passei por La Paz com seus picos nevados e finalmente cheguei em Cochabamba, onde tinha alguns amigos que eu queria reencontrar.

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Antecedentes

Desde antes do começar o meu intercâmbio no Peru, eu já tinha planejado fazer uma viagem de 15 dias quando terminasse o meu trabalho. Só não sabia como seria o roteiro e nem com quem eu iria. Queria pelo menos conhecer Machu Picchu e Cusco.

3 semanas antes conversei com um amigo que iria viajar para Iquitos, na Amazônia peruana. Uma amiga sua queria fazer uma viagem de 4 dias para conhecer Cusco, Machu Picchu e regressar. Então resolvi entrar em contato com ela e combinamos de viajar juntos. A primeira etapa da minha viagem já estava mais certa.

Eu só não sabia para aonde iria depois, eu tinha a idéia de conhecer as ilhas do lago Titicaca, porque haviam me falado muito bem desse lugar. Principalmente sobre a ilha do Sol na Bolívia. Até que na véspera de eu começar a minha viagem, conversei novamente com meu amigo e descobri que uma outra amiga sua (trainee da AIESEC em 2008) também estava querendo viajar para Puno. Novamente resolvi entrar em contato e combinamos de viajar juntos a partir de Puno. A segunda etapa da viagem também já estava mais certa.

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Na Estrada

1º Dia – Cusco

Estava viajando comigo nesses dias Mônica Francis, uma americana que pretendia fazer uma viagem de 4 dias por Cusco e Machu Picchu.

Cusco é alucinante. Muitos monumentos históricos, muitas ruínas e resquícios da civilização Inca. Cusco foi a capital do Império Inca e teve muita prosperidade antes da chegada do espanhóis. Andando pela cidade se vê muitas casas que foram construídas sobre as pedras das casas incaicas.

A cidade também é muito festiva, tem vários bares e boates. Existem várias exibições na praça principal (Plaza de Armas). Por sorte no dia em que cheguei também tinha uma apresentação nessa praça.

Nesse dia conheci o centro histórico de Cusco e uma fortaleza Inca chamada Saqsaywamán.

Essa fortaleza foi um dos pontos mais importantes da civilização Inca na guerra contra os espanhóis. Atualmente restam cerca de 20% da estrutura original da Fortaleza (Os outros 80% foram utilizados para a construção de casas espanholas na época colonial).

A fortaleza principal se trata de uma estrutura com 3 muralhas internas, onde para passar por cada muralha deve-se subir um caminho em zigue zague até chegar nas portas das muralhas. Essas muralhas formavam um mecanismo de defesa extremamente efetivo que forçava o inimigo a se expor quando atacava. Uma das rochas da muralha pesa mais de 300 toneladas.

Depois de conhecermos Saqsaywamán regressamos para nos preparar para a viagem até Machu Picchu. Estávamos ainda nos adaptando à altitude de Cusco e resolvemos descansar.

Para se chegar em Machu Picchu é recomendado ir em etapas: Primeiro passar um dia na cidade de Cusco para se aclimatar com a altitude (3400 metros). Depois toma-se um trem que percorre todo o vale sagrado e chega até a cidade de Águas Calientes no pé da montanha de Machu Pichu. Também se recomenda dormir uma noite em Águas Calientes antes de subir para Machu Pichu. Depois finalmente, com o corpo já adaptado a elevada altitude é mais seguro fazer o passeio para Machu Picchu.

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2º Dia – Aguas Calientes

Nesse dia viajei de trem desde Cusco até a cidade de Aguas Calientes, que é uma cidade turística que fica no pé da serra do caminho para Machu Picchu. Nesse dia também conhecemos John Pollock, um canadense que passou a nos acompanhar na viagem por Machu Picchu e Cusco.

O plano era dormir em Aguas Calientes e acordar as 4 horas da manhã para pegarmos o primeiro ônibus que vai para Machu Picchu. Queríamos subir o pico mais alto que tem próximo de Machu Picchu que se chama Wayna Picchu. Sendo que para controlar melhor o fluxo de turistas a administração do parque só permite que 400 pessoas por dia subam no local, 200 pessoas pela manhã e 200 pessoas pela tarde. Então se você quiser garantir que vai subir em Wayna Picchu você deve ser um dos 200 primeiros a chegar.

Em Águas Calientes não há nada para fazer. Uma das atrações turísticas que existem na cidade são os banhos termais, mas nos disseram que esses banhos estão poluídos. Então não vale a pena ir. Resultado: ficamos rondando pela cidade sem nada para fazer, vendo os mercados e conversando. A cidade de Águas Calientes é um pouco feia. Apesar disso a natureza em volta da cidade é magnífica, com diversos rios passando ao largo e altas montanhas.

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3º Dia – Machu Picchu

Acordamos as 4:00 da manhã. Saímos do hostel as 4:20 e fomos direto esperar o primeiro ônibus que saía de Águas Calientes em direção a Machu Picchu. Quando chegamos no lugar de onde os ônibus saiam já estava formada uma fila grande. Tinha pelo menos 50 pessoas na nossa frente esperando os ônibus abrirem suas portas. Quando as portas se abriram e os ônibus começaram a sair ainda era noite fechada. Os ônibus seguiram um trecho de subida muito íngrime que vai ziquezagueando acentuadamente a serra de Machu Picchu. Em 20 minutos chegamos a entrada do parque de Machu Picchu. Nessa hora o dia começava a clarear mas ainda não aparecia o Sol. Na entrada do parque tinha uma fila muito maior com muito mais de 100 pessoas na nossa frente. Entramos na fila e pouco tempo antes de chegarmos na entrada do parque os guardas nos perguntaram se iríamos a Wayna Picchu, dissemos que sim e então me colocaram o número em meu ticket de entrada. Eu fui o número 198, sendo que só permitem subir até o número 200 na parte da manhã. Esse número me permitia subir a Wayna Picchu. Por pouco quase não subimos.

Então entramos primeiramente em Machu Picchu e seguimos para a esquerda para a cabana do zelador da rocha funerária para ver uma vista clássica de Machu Picchu e depois já seguimos em direção a Wayna Picchu. Cruzamos direto por todo o Machu Picchu e chegamos a entrada de Wayna Picchu. Na entrada você deve registrar seu nome e número e assinar o termo que diz que a partir daquele momento o parque não tem nenhuma responsabilidade sobre sua vida.

Seguimos por um caminho que é difícil não por ser muito íngrime, mas sim porque já estávamos em uma altura muito elevada. A cada 10 minutos de caminhada precisávamos parar para descansar. Depois de 1 hora de caminhada, vendo vistas maravilhosas e grandes abismos ao lado da trilha, chegamos então ao topo de Wayna Picchu. Desse lugar é possível ter uma vista maravilhosa não só de Machu Picchu visto de cima, como também de toda a cadeia de montanhas e rios que circundam as ruínas.

Regressamos então a Machu Picchu e passamos a explorar cada uma das casas, templos, salas, graneiros e praças. Conheci: A principal Porta de Entrada da cidade, O Templo do Condor, O Templo das Três Janelas, as Fontes, o Templo dos Espelhos (de uso astronômico), o Templo do Sol (também de uso astronômico), o grupo dos Três Portões e a Praça Principal. Também passeei por diversas casas, salas, construções com altares e salas com portas que levavam a pequenas cavernas.

Por volta de 1 hora da tarde precisei sair, para que eu chegasse em tempo de tomar o meu trem de regresso a Cusco, que sairía de Aguas Calientes as 15:30. Me despedi de Monica Francis e John Pollock, pois eles tinham tickets de trem para horários posteriores. John me sugeriu de me hospedar no Hostel Loki assim que chegasse em Cusco. Achei que seria uma boa e combinei de esperar pelos dois nesse hostel.

Regressei então de Machu Picchu para Aguas Calientes, e então peguei meu trem para Cuzco. Chegando em Cuzco fui direto para o Hostel Loki. Para mim foi uma ótima surpresa esse hostel. É feito para turistas mochileiros. Tem as suas próprias festas e recebe muitas pessoas de todo o mundo. Assim que cheguei decidi passar uns dias mais na cidade de Cusco.

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4º Dia - Cusco

Nesse dia me despedi de Monica, pois ela tomaria seu vôo para Lima, para depois regressar aos Estados Unidos. Durante o dia conheci o distrito de San Blas e também o templo de Qoricancha. Esse templo é um pouco bizarro porque na verdade se trata de um templo católico construído por cima de um templo Inca que agora é um museu com longas janelas de vidro, ou seja, é uma combinação de pedras incaicas, tijolos espanhóis e vidros modernos(!?).

De noite de volta ao Hostel, conheci pessoas de todo o mundo, Espanha, Inglaterra, Escócia, França, Israel e inclusive alguns brasileiros. Todos nos animamos a sair e conhecemos a noite da cidade de Cuzco.

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5º Dia – Vale Sagrado

No dia seguinte me despedi de John Pollock, pois eu ia visitar a amiga de minha irmã Ana Gabriela que morava na cidade de Urubamba (no Vale Sagrado), a 1 hora da cidade de Cusco. Chegando em Urubamba fui recebido por Ana, ela falou que eu podia passar a noite no lugar, conversamos, combinei de ir a Ollantatambo, e combinamos de mais tarde nos encontrarmos em uma reunião de aniversário de uma de suas amigas.

Visitei as ruínas de Ollantatambo e fiquei impressionado. Nesse lugar os Incas conseguiram vencer uma batalha contra os espanhóis. Os incas possuíam bons conhecimentos sobre engenharia hidráulica e a maneira pela qual venceram essa batalha foi inundando boa parte de um terreno onde estava a maior parte da cavalaria espanhola.

Ollantatambo é outra fortaleza Inca, mas essa fortaleza tem uma posição estratégica privilegiada, pois dela é possível ver três diferentes vales.

O complexo de Ollantatambo é composto por Graneiros, Postos de Observação, Templos, Casas de Sacerdotes e Casas Incas. O que chama a atenção em Ollantatambo são várias coisas como: Encaixe de Pedras (com técnicas de encaixe de macho e fêmea), Controle Hidráulico ( com diversas fontes e uma fonte em particular que pode ser aberta ou fechada por qualquer pessoa com um simples passar de mão), rampa ( uma rampa de transporte de pedras que mostra como os Incas carregavam pedras que pesavam até 80 Toneladas ainda está no local), a cidade inca (abaixo de Ollantatambo, existe toda uma cidade com casas, ruas e fontes que tem a sua origem na época inca, a cidade continua viva e a grande maioria de seus habitantes fala Quechua e é descendente direto do povo Inca).

Depois da visita a Ollantatambo regressei a casa de Ana para o aniversário de sua amiga. Conheci algumas pessoas de Urubamba, comemoramos bastante e fui dormir. Nessa noite me preparei para a segunda Etapa da viagem. No dia seguinte estaria embarcando para Puno.

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6º Dia - Puno

A partir desse dia passou a viajar comigo Carolyn Hsu, uma americana que pretendia fazer uma viagem de Puno até Cochabamba na Bolívia.

Nesse dia fiz a viagem de Cusco a Puno de Ônibus. Cheguei em Puno por volta das 18 horas e assim que cheguei fui me encontrar com Carolyn.

Assim que nos encontramos planejamos o resto da viagem. Queríamos chegar até Cochabamba, mas não sabíamos se nos permitiriam entrar na Bolívia.

É necessário ter vacina contra febre amarela (eu tinha tomado, mas estava sem o cartão) e eu tinha passado alguns dias a mais em meu visto de turista que tinha no Perú. Não sabia direito como resolveria esses trâmites. Carolyn também sabia que precisaria de uma série de documentos para poder ter o seu visto para a Bolívia. Combinamos de ir ao consulado da Bolívia assim que fosse possível. Esse dia era um Sábado, assim que combinamos de aproveitar o Domingo em Puno e na segunda-feira pela manhã iríamos ao Consulado.

Então compramos um passeio de barco para o dia seguinte para as Ilhas Uros (Ilhas Flutuantes) e Ilhas Taquile.

A cidade de Puno decepcionou um pouco. É bem feia. O grande atrativo de Puno é o Lago Titicaca com suas ilhas paradisíacas.

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7º Dia – Puno – Ilhas Uros e Ilha Taquile

Pegamos a Van que estava encarregada de nos levar até o porto de Puno. Nessa Van tinha gente de diversas nacionalidades: Japão, Alemanha, Inglaterra, Argentina. No caminho para o porto conhecemos Monja Froboese, uma alemã que também estava de viagem e passou a nos acompanhar pelo dia.

Descemos da Van e pegamos o barco. Em 30 minutos chegaríamos nas famosas Ilhas flutuantes.

As ilhas flutuantes foram ilhas construídas a partir da madeira de Totora. Antes da chegada dos espanhóis algumas tribos indígenas não queriam lutar contra outras tribos guerreiras e resolveram se isolar. Eles utilizaram técnicas com a madeira de totora para construir as ilhas. A profundidade da madeira que fica submergida em água é de cerca de 13 metros. Essas ilhas precisam ser sempre reconstruídas pois com o tempo a madeira que está submergida se desgasta.

Conhecemos um pouco essas ilhas flutuantes. Visitamos as suas casas, alguns postos de observação e os nativos nos explicaram sobre suas culturas. E me pareceu algo muito diferente, que não pode ser visto em nenhum outro lugar do mundo.

Depois do passeio pelas Ilhas flutuantes fomos de barco até a Ilha Taquile. Demorou 3 horas para chegarmos, mas valeu a pena. Enquanto se caminha na Ilha Taquile se vê sempre uma vista maravilhosa cercada de azul, que é a cor da água do lago Titicaca. Também se vê uma cultura muito particular e muito fechada. Nessa cultura se utilizam muito de símbolos em seus tecidos e roupas para demonstrar coisas como: Ocupação (Chefe, Conselheiro, Xamã), Estado Civil (Solteiro, Casado) e idade (Criança, Adolescente, Adulto). Comemos uma boa truta em um restaurante servido pelos nativos e cruzamos a ilha de um lado ao outro.

Regressamos então a Puno e decidimos sair de noite. Mas infelizmente Puno não é tão animado quanto Cusco. Procuramos algumas boates, mas todas estavam vazias, terminamos indo a um restaurante onde pedi carne de alpaca (um pouco dura) e depois fomos a um bar/boate mais estiloso. Tomamos uns drinques e pedimos um fondue de chocolate e depois na mesma noite nos despedimos de Monja que iria regressar a Lima e depois para a Alemanha.

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8º Dia – Copacabana

Nesse dia decidimos ir a Bolívia, por mais difícil que fosse. Fomos ao consulado da Bolívia e o encarregado falou que se Carolyn quisesse entrar teria que levar uma lista de 7 documentos que deveriam ser entregues na fronteira. E falou que se não fôssemos para a selva boliviana não precisaríamos ter o certificado de vacina contra a febre amarela. Como não iríamos para a selva não era necessário para nós.

Decidimos então providenciar todos esses documentos pela manhã. Dito e feito, em menos de 2 horas providenciamos todos os documentos, compramos a passagem de ônibus para Copacabana e pelo começo da tarde pegamos a estrada.

Na fronteira, eu precisei pagar um multa de 6 dólares porque tinha ultrapassado o tempo de meu visto de turista no Perú por 6 dias ( A multa é de 1 dólar para cada dia além do estabelecido no visto do passaporte).

Carolyn estava muito nervosa, pois não sabia se conseguiria o visto de entrada. Ela levou todos os documentos e o guarda não viu nem metade deles. Só cobrou o dinheiro relativo a taxa de visto para americanos, e então depois de pago concedeu a ela o visto.

O guarda também nos perguntou se tínhamos o certificado de vacinação contra a febre amarela e nós respondemos que só íamos até La Paz e não iríamos para a região da Selva. Ele falou que tudo bem e deixou a gente ir.

Foi bem mais fácil do que pensávamos. Agora finalmente estávamos na Bolívia. Um país difícil de chegar, com muitos contrastes e de muitas aventuras. Uma cultura diferente. E finalmente ia conhecer a Ilha do Sol.

Chegamos a micro cidade de Copacabana. Arranjamos um hostel e compramos a passagem de barco para a Isla Del Sol. O plano era começar pela parte norte da ilha, e depois cruzar a ilha até a parte sul, caminhando por todo o dia. Dormiríamos na parte sul.

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9º Dia – Isla del Sol

Acordamos cedo e fomos direto para o porto, compramos uns sanduíches que seriam o nosso almoço. Na viagem de barco conhecemos uma outra alemã de nome Jutta Hoppe, que viajava por toda a América do Sul. Ela nos contou que estava viajando desde a Argentina e tentou chegar em La paz, mas haviam mineiros que bloquearam a estrada que ela ia tomar. Resultado: Ela teve que voltar para a Argentina e regressar por outro caminho. Isso assustou um pouco a gente, mas sabíamos que onde tem mais confusão é na região mineira da Bolívia, mais especificamente Potosí e Oruro e nós não íamos passar por essa região.

Assim que chegamos na parte norte da Isla Del Sol fomos recebidos por um guia local, que primeiro nos levou a um pequeno museu sobre as antigas civilizações que viveram no local (cultura Tiwanacu) e depois pegamos os caminhos que sobem para a rocha sagrada e para a Chincana, ruína também chamada de “El Labirinto”.

A vista na Ilha do Sol é sempre fantástica. Essa Ilha é importante para a cultura Inca pois segundo contam suas lendas os criadores dos Incas, Manco Capac e Mama Ocllo apareceram na Ilha do Sol, enviados diretamente pelo Sol.

Primeiro chegamos a mesa cerimonial ao lado da rocha sagrada. A rocha sagrada tem o nome de Titicaca, o que significa rocha do puma. Essa rocha lembra um pouco o formato do puma, e dela se deriva o nome do lago. Os incas acreditavam que foi nesse lugar que o Sol fez a sua primeira aparição e posteriormente Manco Capac e Mama Ocllo apareceram e fundaram o império Inca.

Logo em seguida fomos visitar as ruínas de Chincana. Nesse lugar existe um verdadeiro labirinto de muros de pedra, pequenas portas, corredores que levam para outras salas, poços e outras mesas cerimoniais. Tudo isso com vista para o Lago. Você entra em uma porta, se abaixa para passar por corredores estreitos e vai dar em outras salas que podem ser pequenas ou grandes e igualmente possuem outras portas.

Nesse momento o guia nos deixou e ficamos livres para explorar essas ruínas como quiséssemos. Estávamos com fome e decidimos comer os sanduíches que tínhamos comprado. Ali conhecemos Florence Brunner, uma suíça-alemã que também iria passar a noite nessa ilha e ela então também passou a nos acompanhar pela viagem até o próximo dia.

Comemos em uma sala que tinha uma ampla vista para o Lago Titicaca. Depois exploramos parte das ruínas por cerca de 1 hora. E quando nos cansamos, saímos de Chincana e tomamos a trilha em direção ao Sul da Ilha do Sol. Sabíamos que o caminho demoraria no mínimo 3 horas.

Foi uma longa caminhada. Nessa ilha você deve pagar pedágio de 5 Bolivianos por trecho. Existem 3 trechos: Norte, Centro e Sul. Em total seria 15 Bolivianos (cada boliviano é como ¼ de Real). Cada novo trecho que alcançássemos era um novo checkpoint para a gente.

No caminho passamos por várias ruínas e esculturas de pedras. Também cruzamos com várias pessoas que faziam o caminho contrário (Do sul da ilha ao norte da ilha). E sempre pelo caminho víamos o lago Titicaca tanto na esquerda, quanto na direita. Estávamos há uns 300 metros acima do lago Titicaca. A altura do lago é de 3800 metros, ou seja, estávamos caminhando a 4100 metros de altitude. Nessa altitude nos cansávamos com muita facilidade. E tinha muitos trechos de subida no caminho. Parávamos a cada 20 minutos de caminhada. Depois de 5 horas de caminhada finalmente conseguimos chegar a parte sul da ilha, ao povoado de Yumani. Paramos no local para assistir ao por do sol da Ilha do Sol. Encontramos um hostal e dormimos.

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10º Dia – La Paz

No dia seguinte acordei as 6 horas da manhã para ver o nascer do Sol. E voltei a dormir satisfeito as 7 horas da manhã. As 8 nos levantamos, tomamos café e caminhamos por uma meia hora até chegar no porto de Yumani, para pegar o nosso barco que saia as 10 horas da manhã.

Por volta do meio dia chegamos em Copacabana. Compramos as passagens de ônibus para a 1:30 e fomos almoçar. Almoçamos em um restaurante sugerido por Florencia e de lá nos despedimos dela. Queríamos chegar mais cedo no ônibus para poder escolher o lugar onde sentar, quando chegamos no lugar do ônibus vimos uma pequena confusão. Fomos averiguar e vimos que já não tinha mais espaço livre no ônibus e os donos da empresa de ônibus queriam que nós e uma família de franceses fossemos em uma Kombi que era bem pior que o que tínhamos comprado.

A confusão foi bem grande. Eu e o pai francês nos pusemos na frente do ônibus. Muita gente veio se aproximar da gente tentando convencer a gente a pegar a kombi. O ônibus deu ré. Todos nós protestamos. Nessa hora eu já tava xingando alto a moça que me vendeu as passagens (ou quem tivesse na minha frente). Até que chegou um outro ônibus da mesma empresa e nos colocaram nesse ônibus. Depois do estresse estávamos a caminho de La Paz.

Cerca de uma hora depois chegamos em um trecho onde todos tínhamos que sair do ônibus para cruzar o lago Titicaca. Nós cruzamos o lago Titicaca em uma balsa normal, enquanto vimos o nosso ônibus ser transportado em uma “balsa para ônibus” até o outro lado do lago.

Continuamos a viagem e algumas horas depois finalmente estávamos em La Paz. A altitude em La Paz é de 4200 metros. A formação natural da cidade de La Paz é bonita. A cidade tem uma formação vulcânica e é como se a parte principal da cidade estivesse dentro da boca de um grande vulcão. Da cidade também é possível ver o pico nevado da montanha Illimani.

O primeiro lugar que fomos de La Paz foi o mercado de feitiçaria. Onde se podem comprar diversos ingredientes ou produtos místicos, como por exemplo, pode-se comprar um feto de llama morto. Esse feto deve ser enterrado em um jardim de uma casa nova para afastar os maus espíritos. De itens como esse está cheio esse mercado de bruxas. É um tanto quanto sinistro, mas é uma experiência diferente conhecê-lo.

Depois disso procuramos um lugar para jantar, e dessa vez fomos em um restaurante onde experimentei carne de Llama (também achei um pouco dura). Conhecemos ainda a praça Murillo ( Praça principal da cidade), A praça São Francisco e os mercados da Calle Comércio. Depois fomos a rodoviária para pegar um ônibus noturno para Cochabamba.

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11º Dia - Cochabamba

Chegamos em Cochabamba exaustos, mortos, exauridos. Mas chegamos. Dalis Tejerina, uma amiga de Carolyn, que também foi trainee da AIESEC no Perú em 2008, foi nos buscar na rodoviária, nos mostrou o lugar onde iríamos ficar e depois nos levou para tomar o café-da-manhã. No café da manhã eu conheci o API, uma espécia de vitamina boliviana que lembra muito o nosso açaí. Em Cochabamba se come muito. Falam que se comem até 6 refeições por dia. Depois do café voltamos para o Hotel e dormimos até o almoço. No almoço encontramos novamente com Dalis fomos a um restaurante típico boliviano e provei um pouco da comida local, achei bem apimentado. Depois disso Dalis seguiu para o seu trabalho e fomos então visitar o Cristo Branco para ter uma visão geral da cidade.

Descendo do cristo liguei para Nicole Flores, uma amiga que conheci em uma conferência da AIESEC. Ela nessa noite ia fazer uma aula de danças típicas bolivianas com diversos outros trainees da AIESEC e nos convidou. Fizemos a aula. Aprendemos a dançar música indígena boliviana, Caporal, Salsa e outros ritmos. Conheci nessa aula a Julhyana Veloso, uma trainee brasileira de BH que está fazendo o seu intercâmbio em Cochabamba. Ela nos contou sobre a sua experiência na Bolívia e de como são os costumes locais. Depois fomos com Nicole a um outro restaurante, só que nesse restaurante se destacavam os sorvetes. Conforme a tradição, pedi 4 sabores diferentes. Depois Nicole nos colocou em um táxi para irmos a festa de graduação de Orlando Sánchez, um membro da AIESEC Cochabamba. Chegamos no bar e conhecemos há vários AIESECOS. Julhyana também estava. Depois desse bar todos nos animamos para ir em uma boate e fomos.

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12º Dia - Cochabamba

Acordamos um pouco tarde. Nesse dia conhecemos um pouco mais o centro da cidade de Cochabamba, a Plaza Colón e os mercados Cancha. Almoçamos com Orlando e Pamela Sóliz, uma outra amiga minha que também havia conhecido em uma conferência da AIESEC. Depois nos encontramos uma última vez com Dalis e novamente comemos algumas comidas típicas da cidade em uma padaria/restaurante. Depois regressamos ao hotel e pela noite pegamos o ônibus que seguia a La Paz.

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13º Dia – La Paz

Tínhamos uma passagem de avião de La Paz para Lima que sairia nesse dia as 17 horas. Chegamos em La Paz as 6 horas da manhã. Então ainda tínhamos um dia inteiro para conhecer boa parte de La Paz. Nesse dia fomos ver a vista da cidade do mirador Laikakota. Depois conhecemos a calle Jaén, uma rua colonial cheia de museus, inclusive o museu de instrumentos musicais. Entramos nesse museu e passamos um par de horas conhecendo os mais variados instrumentos: indígenas, europeus, japoneses, Instrumentos inventados. E tocávamos esses instrumentos. Foi outra experiência interessante. E finalmente seguimos em direção ao aeroporto.


Posteriores

Chegamos em Lima pela noite, ainda estávamos animados com a viagem. Carolyn ia regressar aos Estados Unidos no dia seguinte e então decidimos sair para fazer a sua despedida. Nos encontramos com alguns amigos em Lima e fomos ao bairro de Barranco. No dia seguinte me despedi de Carolyn.

Depois da viagem conheci aqui em Lima o museu de Oro e o museu de La Nación. O museu de Oro vale a pena ser visitado pela quantidade e variedade de objetos indígenas de ouro, prata e cobre que possui. E o museu de La Nación vale a pena porque tem uma exposição sobre o Sendero Luminoso, que foi um grupo terrorista, que esteve ativo aqui no Peru de 1980 a 2000.

Ainda penso em visitar algumas atrações turísticas antes de meu regresso ao Brasil, mas não sei se terei tempo suficiente. Vamos a ver.


Abraços a Todos,

Alexandre Monteiro,

09 de Setembro de 2010.


Mais fotos nos Links abaixo:


1º Dia – Cusco

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2º Dia e 3º Dia – Aguas Calientes e Machu Picchu

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Machu Picchu – Parte 2

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4º Dia – Cusco – Parte 2

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5º Dia – Vale Sagrado (Urubamba)

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6º e 7º Dia – Puno

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8º e 9º Dia – Copacabana e Isla Del Sol

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Isla Del Sol – Parte 2

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10º e 13º Dia – La Paz

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11º e 12º Dia – Cochabamba

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Vídeo - Por do Sol - Isla del Sol:

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